A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, dia 13, um aumento médio de 21,46% nas contas de luz dos consumidores residenciais da Enel Rio, antiga Ampla. A alta começa a valer a partir da próxima quinta-feira. Para os consumidores industriais, o aumento será um pouco menor, de 19,94%, em média. A Enel Distribuição Rio atende a 3,1 milhões de unidades consumidoras no Estado do Rio de Janeiro. É uma população de 6,6 milhões de pessoas, distribuídas em 66 municípios fluminenses.
A revisão tarifária da Enel segue a tendência de reajustes autorizados pela Aneel em 2018, com índices bem acima da inflação de 2017 (que fechou o ano em 2,95%, segundo o IBGE) e a maioria na casa dos dois dígitos. Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia (custos do gerador), pela transmissão (custos da transmissora) e pela distribuição (serviços prestados pela distribuidora), além de encargos setoriais e tributos.
A maior parte do aumento nas contas de luz da Enel Rio veio do reajustes nos custos de distribuição que, sozinho, subiu 8,86%. Também pesou no aumento os reajustes nos custos de compra de energia, de transmissão de eletricidade (que inclui uma indenização multibilionária que está sendo paga às empresas pelo consumidor) e de encargos setoriais. A falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas registrados no ano passado também contribuiu para a alta na tarifa em 2018. Sem chuvas, foi preciso acionar mais usinas térmicas (que são mais caras) para garantir o suprimento. Parte dessa conta adicional ficou para ser paga neste ano.
Só de encargos setoriais — que cobrem programas do governo no setor elétrico —, os clientes de todo o Brasil pagarão R$ 16 bilhões nas contas de luz em 2018, uma alta de 22% na comparação com 2017. Mais cedo, a Aneel aprovou um reajuste de 9,09% nas tarifas dos consumidores residenciais da Light.
Regras da intervenção
Na semana passada, a Light e a Enel (antiga Ampla) conseguiram, na Aneel, regras especiais durante a atuação das Forças Armadas no estado, em decorrência dos decretos de intervenção federal e de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). As empresas ficaram livres de compensar consumidor por falta de luz em áreas de operação militar.
Fonte: Extra