O município de Santo Antônio de Pádua, recebeu neste último sábado(27), o 1° Fórum de Segurança Pública, que teve como tema “A importância de ter uma guarda armada”. O evento aconteceu no Instituto Federal Fluminense(IFF), e reuniu cerca de 100 pessoas, entre sociedade civil, agentes de segurança pública, autoridades e palestrantes.
Segundo o idealizar do evento, Fabrício Barcellos, o objetivo é aproximar a população da guarda civil municipal. “É um privilégio poder realizar esses fóruns em várias cidades do estado do Rio. Estamos mostrando como podemos ter uma guarda civil mais participativa, inclusiva e cidadã”, disse Fabrício, que já está recebendo convites de outros municípios para discutir o tema.
De acordo com os dados de incidências criminais e administrativas de segurança do estado do Rio de Janeiro referentes ao primeiro semestre de 2022, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), os índices de criminalidade diminuíram. Em relação ao acumulado do ano, os principais indicadores apresentaram que houve redução de 15% nos homicídios dolosos; 18% em letalidade violenta, como roubo seguido de morte, homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção de agente do estado; 22% nas mortes por intervenção de agentes do estado; 15% em roubos de carga; 13% em roubos de rua e 9% em roubos de veículos.
“As estatísticas mostram que nosso trabalho e empenho em discutir as temáticas sobre a segurança pública está dando certo. Mesmo os índices caindo, ainda assim, precisamos lutar mais para ações efetivas para que os agentes possam, de fato, exercer sua autonomia dentro da lei”, completou.
Segundo o procurador do Ministério Público de Pádua, Dr. Carlos Gilberto Magalhães, a 6° turma do Supremo Tribunal de Justiça entende em limitar e restringir a atuação da guarda municipal, indo na contramão do entendimento da 5° turma.
“Podemos achar um caminho comum e razoável para que não se abandone as garantias pessoais e nem da atuação de quem trabalha na segurança pública”, disse.
“Queremos levar até o cidadão a importância do trabalho da guarda municipal nas cidades e que os agentes precisam dessa parceria para garantir mais segurança. Ainda temos cidades como Angra dos Reis, que não tem guarda municipal, enquanto a cidade do Rio de Janeiro possui 7.500 agentes, Maricá 281 e Pádua 44. Isso mostra a falta de interesse dos poderes públicos em investir mais neste setor tão importante para a população”, completou Fabrício.
Da redação com Decom/Itaperuna