A Laticínios Marília, com sede em Itaperuna, teve seu plano de recuperação judicial aprovado no início do mês. A decisão é do juiz Jose Roberto Pivanti, titular da 1º Vara de Itaperuna, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
A empresa pediu proteção à Justiça em dezembro de 2017, argumentando dificuldade financeira devido à recessão no país de 2014 a 2016, somando R$ 40 milhões em dívidas.
A Italac, companhia goiana também de laticínios, fechou o arrendamento das unidades produtivas da Marília em Itaperuna, o que vai permitir pagar credores e recontratar os antigos empregados da região, diz Juliana Bumachar, sócia do Bumachar Advogados e responsável pela recuperação judicial:
— Houve interessados em comprar a empresa, mas isso não foi adiante. A Marília parou em 2019 e chegamos a confessar falência. O juízo foi extremamente correto no caso, e a empresa era de fundamental importância para Itaperuna. Houve então ofertas de Quatá e Italac, que saiu vencedora.
Criada em 1970 em Carangola (MG), a Marília chegou a 2015 com unidades produtivas na cidade mineira e em Itaperuna, que é a sede, 324 colaboradores e processando 80 mil litros de leite por dia, diz o processo. Em 2017, eram 185 funcionários.
— Haverá uma manutenção para reiniciar as atividades em Itaperuna. O contrato com a Italac é de 15 anos, com opção de compra — conta Juliana.
As instalações de Carangola não integram o acordo com a Italac, mas estão contempladas pelo plano de recuperação.
Fonte: O Globo