O sistema de informática para registro de crimes nas delegacias do estado do Rio de Janeiro pode sair do ar a qualquer momento. O contrato com a empresa terceirizada responsável pelo serviço terminou e não foi renovado.
O aviso de que o sistema de registro sairia do ar foi publicado no boletim interno da Polícia Civil nesta última sexta-feira (31). O documento cita que já existe um “plano emergencial”, para o caso de suspensão do sistema. O plano incluiria o desligamento do sistema, por causa do risco de manter a estrutura de tecnologia da informação em funcionamento sem o monitoramento da equipe especializada.
“Devido ao cenário econômico e ao término do contrato de terceirizados no dia 31/03/17, algumas medidas deverão ser adotadas pelos dirigentes de Upaj’s (delegacias) de modo a dar continuidade de prestação do serviço da Pcerj, em caso de suspensão”, diz o texto, que acrescenta que todos os sistemas e dados da Polícia Civil ficarão preservados, mas inacessíveis, bem como a troca de dados de mais de vinte sistemas, como os do Tribunal de Justiça e do Detran, será suspensa.
Esse é o mais novo problema nas delegacias do estado. Os policiais civis estão em greve há mais de dois meses e só atendem aos casos mais graves, como homicídio, sequestro e estupro.
A categoria reivindica o pagamento do 13º salário, das horas extras e das gratificações. Uma nova assembleia foi marcada para fim do mês. Durante a semana, o governador Luiz Fernando Pezão disse que o estado só pode fazer projeções a partir da aprovação da lei de recuperação fiscal, na Câmara dos Deputados.
O informe publicado sexta diz que o plano emergencial é de curtíssimo prazo, mas se o problema continuar, outras medidas vão ser adotadas. Nesta manhã, o funcionamento maior parte das delegacias era normal.
Da redação com informações do G1.