Policiamento normal e sem registro de protestos em frente ao 29º BPM

Apesar das perspectivas e articulações, principalmente através de redes sociais, não foram registrados protestos no início da manhã desta sexta-feira (10), na área do 29º BPM, responsável pela segurança pública de grande parte do Noroeste Fluminense. Durante a semana, circularam informações de que familiares do PMs, insatisfeitos com os salários atrasados e a falta de condições de trabalho impostas pelo governo do Rio de Janeiro, seguiriam o exemplo dos capixabas  e impediriam a saída de viaturas do quartéis.

O jornalismo da Rádio Natividade esteve por volta das 7h na unidade e que ocorria era a troca de turno, sem nenhum registro de anormalidade. O comando chegou a determinar que grades de proteção fossem instaladas em frente à entrada principal do BPM, mas os agentes entravam e saíam sem problemas. Situação semelhante acontece no 36º BPM, em Santo Antônio de Pádua, onde a rotina também não foi alterada.

Da redação da Rádio Natividade – Fotos: Vanderson Garcia/Rádio Natividade

Protestos no estado

A sexta-feira começou com o policiamento normal na cidade do Rio, apesar de algumas manifestações, aconteceram em alguns batalhões da Polícia Militar no Estado. Ao ‘Bom dia Rio’, da TV Globo, o major Ivan Blaz, porta-voz da corporação, afirmou que a troca de turno está acontecendo normalmente em todos os quartéis do Estado.

Desde o final da noite desta quinta-feira, parentes de policiais militares chegaram à porta de pelo menos 20 batalhões — de 100 — de todo o Estado. No movimento articulado pelos familiares, através das redes sociais, os manifestantes estão reivindicados melhores condições de trabalho para os PMs, pagamento do décimo terceiro salário e da gratificação do Regime Adicional de Serviço (RAS), pagamento de insalubridade e periculosidade, entre outros. O objetivo do ato é não permitir que os policiais saiam das unidades para trabalhos nas ruas. As manifestantes argumentam que a falta de salários e os perigos pelos quais maridos e parentes passam chegaram a uma situação “desanimadora”.

“É importante para a nossa segurança colocarmos a policia na rua. Não podemos permitir que cenas de barbáries, que aconteceram no Espírito Santo, se repitam aqui”, afirmou à TV Globo.

Durante a madrugada, Blaz publicou no Facebook oficial da PM informando que a rotina das tropas não foi alterada e o policiamento estratégico está sendo mantido. O major também pediu que a saída dos agentes dos batalhões do estado não seja impedida por seus parentes.

“Família policial militar, estamos cientes das manifestações a serem realizadas diante de nossas unidades. Mas é fundamental que não esqueçamos o que está acontecendo no nosso estado vizinho. No Espírito Santo, em poucos dias, mais de cem pessoas foram mortas, incluindo policiais e seus familiares”, falou Blaz.

“Sabemos que nossa situação é difícil, é complexa, mas não podemos de forma alguma permitir que esse cenário de barbárie chegue às nossas casas, chegue às nossas famílias. Todos estão percebendo o clamor público para que continuemos atuantes. Senhores, isso mostra a nossa importância. Mas impedir que o policiamento ganhe as ruas é lanças à própria sorte não só a sociedade como um todo como também os nosso familiares”.

Fonte: O Dia