Sem conseguir fechar acordo com o governo, servidores públicos de Natividade, atingem nesta sexta-feira (20), sua segunda semana de greve. Em contato com redação da emissora, o movimento se queixou da lentidão com que o prefeito Francisco José Martins, o Chico da Saúde e sua equipe têm tratado o caso. Esta manhã um grupo seguiu até a sede do executivo (fotos), no intuito de tentar se reunir com o chefe do executivo, que não se encontrava. A missão ficou a cargo da Secretária de Administração Cláudia Márcia Mendonça, que não apresentou nenhuma definição.
– Estão nos fazendo de bobos! Marcam reunião, ficamos esperando e nada! Já estamos cansados da maneira com que o governo está tratando os servidores. Não queremos nada além do que temos direito, – protestou um dos grevistas.
O Sindicato dos Servidores Públicos apresentou proposta de reajuste da ordem de pouco mais de 3% relativo a perdas de janeiro a maio, mais reajustes bimestrais até o final de ano, atrelados à inflação do período, além do enquadramento dos funcionários. Através de nota, a entidade sustenta que as negociações prosseguem. Leia:
Nota de esclarecimento:
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natividade informa que as negociações da Comissão continuam. Houve um problema de lentidão por parte do Governo em definir claramente o cálculo do Impacto financeiro em função de dificuldades com os sistemas de cálculos da folha de pagamento da Prefeitura.
O avanço de hoje foi o fechamento de um cálculo geral que contempla os enquadramentos e o reajuste de 3,24%. Este cálculo está feito de forma individualizada, onde cada servidor consegue visualizar o valor de seu novo salário e foi disponibilizado ao Sindicato somente na manhã de hoje (20/05), quando diversos participantes do movimento ocuparam o Prédio da Prefeitura, visando pressionar por uma solução.
Com o cálculo pronto, não há uma palavra definitiva do Governo se dá ou não para fechar o acordo com a categoria, ficando marcada outra reunião entre Governo e Comissão, para segunda-feira 23/05 as 5 horas da tarde.
É preciso ficar bem claro que os Servidores já têm sua posição de aceitar o acordo que contemple a revisão (mesmo sendo pequena) e o enquadramento (mesmo não contemplando a todos), desde que o projeto de reforma do Plano de carreiras siga seu curso dentro de um cronograma definido, o que garantirá na lei, melhorias salariais no futuro.
Assim sendo, está claro que o atraso no fechamento do acordo, tem sido causado pelo governo e em hipótese alguma pelo movimento grevista, comissão ou pelo Sindicato.
Reiteramos nosso posicionamento de querer resolver o impasse o mais rápido possível para que a prestação dos serviços volte a sua normalidade, evitando-se a continuidade de transtornos causados a população, que em hipótese alguma é o objetivo do movimento.