A Polícia Civil de Natividade anunciou nesta terça-feira (03), que elucidou o caso do homicídio, ocorrido na semana passada, quando o lavrador Luiz Antônio Pereira da Silva, o Toni, foi assassinado no bairro Cantinho do Fiorello, com um disparo de uma pistola usada para fixar placas de gesso.
A investigação que já havia começado horas depois do crime, culminou com a confissão do gesseiro V.C.V., de 41 anos, que de maneira espontânea, compareceu à distrital para prestar depoimento. Durante a oitiva, tomada pelo oficial de cartório Filipe Duque e diante das evidências levantadas e apresentadas pelo policial, por fim, ele acabou confessando e alegando ter agido em legítima defesa.
De acordo com depoimento do suspeito, ao qual a Rádio Natividade teve acesso, seu filho R.O.C., de 19 anos, estava na casa da namorada, que é ex-enteada da vítima – que morava ao lado – quando este chegou bastante alterado e com um machado em punho, passando a ameaçar a todos. Com medo, o rapaz ligou para pai, que afirmou ter feito contato com a Polícia Militar, não obtendo resposta. Por isso, ele se armou com a pistola “finca-pino”, seu instrumento de trabalho e se dirigiu ao local, com o intuito de defender o filho.
No entanto, quando chegou ao quintal, já teria se deparado com Luiz Antônio, que gritando que não tinha medo de nada, pois era “o capeta”, avançou em sua direção. Neste momento, sustenta o suspeito, ele teria dado dois disparos para o alto, no sentido de amedrontar o oponente, que mesmo assim, não recuou.
Diante da ameaça iminente, voltou a rearmar a pistola, desta vez mirando Luiz Antônio, distante cerca de um metro e meio, que uma vez atingido, finalmente o deixou de lado. Apavorado, o gesseiro deixou o local, pois segundo ele, não tinha a intenção de matar ninguém, mas se não tivesse tomado atitude, seria ele a vítima, já que o lavrador supostamente teria levantado a ferramenta para lhe golpear.
Tanto o machado quanto a pistola, foram apreendidos e serão submetidos à perícia. De acordo com o delegado Gésner César a Bruno, pelo fato de não ter havido flagrante, o autor inicialmente deverá responder o processo em liberdade.
Da redação da Rádio Natividade – Fotos: Jornalismo/Rádio Natividade