Uma mulher de 65 anos, residente em Itava, entregou 29 mil a dois golpistas após cair no conto do bilhete premiado durante esta semana, em Itaperuna.Segundo a polícia, a vítima foi abordada na Avenida Cardoso Moreira, centro, por um homem que dizia procurar uma pessoa e durante a conversa, retirou do bolso o bilhete, que de acordo com ele, estaria premiado e que a bolada seria de R$ 6,3 milhões, mas pelo fato de ter perdido seus documentos, não teria como recebê-la.
Se fazendo passar por pessoa humilde, o bandido disse que doaria os R$ 300 mil para a mulher, caso o ajudasse, mas antes, exigiu como prova de boa fé, que a aposentada fosse até o banco, sacasse o dinheiro e lhe mostrasse, o que de fato ocorreu. Outro elemento, integrante da quadrilha, acompanhou a vítima até a agência e colocou o dinheiro dentro de uma pochete.
Instantes depois, no pátio da Matriz São José do Avaí, sem que a vítima percebesse, eles trocaram a bolsa que estava com o valor, por outra cheia de papel, deram o bilhete à idosa, dizendo que voltariam mais tarde para sacar o suposto prêmio na Caixa Econômica e desapareceram. A vítima só percebeu horas depois, que havia sido enganada ao abrir a bolsa e dar por falta dos R$ 29 mil. O registro foi lavrado na 143ª Delegacia.
O GOLPE E SUAS VARIAÇÕES:
Sem dúvida, esse é um dos golpes mais tradicionais do Brasil. Mesmo antigo, ainda existem dezenas de denúncias de vítimas deste tipo de fraude, sem contar aquelas que, por vergonha, sequer denunciam. Geralmente, o roteiro clássico é o seguinte:
O golpista, com cara de pessoa desorientada e sem instrução, pede informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio da loteria. Ao escolher sua vítima, normalmente uma pessoa mais idosa e sozinha, o golpista solicita ajuda à vítima dizendo que está tendo problemas em receber o prêmio da loteria por ser analfabeto e estar sem documentos. Ele também promete um percentual à pessoa que o ajudar a receber este dinheiro.
No meio da conversa, um terceiro, também golpista, aparece e oferece ajuda com ligações para confirmar os números premiados. Após a falsa confirmação do prêmio, os golpistas e a vítima vão até a loteria mais próxima. No trajeto, porém, o suposto ganhador usa de ardil e usa uma desculpa qualquer (horário do ônibus, criança na escola, parente no hospital) e afirma que precisa de garantias de que as pessoas que o estão ajudando não vão roubar seu dinheiro.
Mais que rapidamente o segundo golpista, aquele que apareceu para também ajudar, tira da carteira uma quantia razoável de dinheiro… Como o valor é menor que o tal prêmio, os golpistas sugerem que a vítima também saque um numerário. A vítima, crendo que fará um ótimo negócio, para não perder a oportunidade de ganhar uma bolada, vai até o banco mais próximo e saca na boca do caixa boa quantia em dinheiro. Ao entregar o dinheiro aos golpistas, a vítima ou fica com o falso bilhete ou logo é enganada com um desculpa qualquer e a fuga dos “espertos”.
Da redação da Rádio Natividade