Por 26 votos favoráveis, 15 contrários e uma abstenção, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o Projeto de Resolução 1.483/22, para conceder a Medalha Tiradentes – maior honraria concedida pela Casa – ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O projeto foi proposto pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), e recebeu a coautoria de 12 parlamentares. O texto será promulgado pela Alerj e publicado no Diário Oficial do Legislativo nos próximos dias. “Nós só chegamos aqui hoje por conta da determinação do ministro Alexandre de Moraes, que garantiu a democracia em nosso país”, comentou o presidente da Alerj após a votação.
“Ele foi muito firme no período pré-eleição, no dia da eleição e no pós-eleição”, concluiu Ceciliano.
O texto também é assinado pelos deputados Martha Rocha (PDT), Luiz Paulo (PSD), Flavio Serafini (PSol), Eliomar Coelho (PSB), Jari Oliveira (PSB), Renata Souza (PSol), Franciane Motta (União), Dionisio Lins (PP), Giovani Ratinho (SDD), Bebeto (PSD), Max Lemos (PROS) e Waldeck Carneiro (PSB).
A proposta de homenagear Moraes, no entanto, não agradou parlamentares bolsonaristas. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), criticou a iniciativa de Ceciliano.
“Quero saber qual é a justificativa para ele receber essa medalha, se são as instaurações de inquéritos ilegais, as prisões ilegais, a prisão de um deputado federal, se é a censura prévia que ele tem cometido. Isso é uma afronta”, disse em um vídeo publicado nas redes sociais.