O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Niterói condenou, no início da madrugada desta sexta-feira (05/11), Alexandre Alberto Araújo a 23 anos e oito meses de reclusão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado contra Mere Elen da Silva Talon, executada a tiros no dia 3 de novembro de 2011, em um bar no Município de Cardoso Moreira, na Região Norte do estado. Alexandre também foi condenado por associação criminosa, contravenção do jogo do bicho e coação de testemunhas durante a tramitação do processo.
Iniciado na tarde de quinta-feira (4/11), o júri, presidido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, reuniu 12 de 20 réus acusados de fazerem parte de organização criminosa que atuava nos municípios de Cardoso Moreira e Italva. A quadrilha foi desarticulada durante a Operação Irmandade, realizada pela Polícia Civil em março de 2012. O grupo é acusado por homicídios, contravenção, estelionato, agiotagem e crime contra a economia popular.
No mesmo júri também foram condenados por associação criminosa, Weviton Wagner Silveira de Souza, a dois anos e dois meses de reclusão, e Paulo Cesar Barcelos de Moraes, a dois anos e oito meses de reclusão. Pela mesma acusação por associação criminosa, foram absolvidos Maurício Reis Carvalho, Eujanderson da Silva Campo e Marcelo Sousa Oliveira.
O Conselho de Sentença também condenou os réus José Carlos do Santos Balieiro, Daniel Manhães Campaneli, Bruno Durarte Barbosa, Agostinho Alves da Silva, Genival Barboza Menezes e Hermínio Rangel de Azeredo, à pena-base de seis meses por contravenção do jogo do bicho. Contudo os réus tiveram a pena extinta em razão da ocorrência da prescrição da infração.
Os acusados Waldemar de Souza Pinto e Marcelo Nogueira Barbosa, por terem falecido, tiveram a punibilidade extinta. Já Rubenique Carvalho Gonçalves teve o processo desmembrado e foi condenado a 18 anos de reclusão, em janeiro de 2015, pelo Tribunal do Júri da Comarca de Campos dos Goytacazes, por participação no homicídio de Mere Elen e associação criminosa. Os últimos cinco acusados serão submetidos a júri popular, também no Tribunal do Júri de Niterói, na próxima quinta-feira (11/4), a partir das 13 horas.
Assim como o júri de Rubenique, transferido para Campos dos Goytacazes, o julgamento dos demais réus foi transferido para a Comarca de Niterói sob o argumento de que, por se tratar de cidades pequenas (Cardoso Moreira e Italva), haveria o risco de quebra da isenção de ânimos dos jurados para proferirem julgamento isento, destacando que os réus são pessoas temidas na cidade de Cardoso Moreira.
Da redação da Rádio Natividade/Ascom