Apesar de Varre-Sai possuir 110 casos confirmados de Covid-19, 67 curados e 01 internado (de acordo com o boletim epidemiológico de 16/07), o município é um dos poucos do estado do Rio de Janeiro que ainda não registrou óbito pela doença. Para o enfrentamento à Covid-19, a Secretaria de Saúde vem monitorando rigorosamente e realizando o isolamento domiciliar de casos suspeitos e positivos da doença, desde o primeiro contato do paciente até sua alta que é feita através de exame IgM (não reagente).
O monitoramento telefônico de pacientes suspeitos e positivos é realizado diariamente por enfermeiros, além do contato feito pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família nos bairros e na zona rural para a entrega de medicamentos, exames, bem como o rastreamento e isolamento dos contactantes. A mais nova arma da Secretaria no enfrentamento à doença tem sido a distribuição gratuita de kits de medicamentos para o tratamento de pacientes com Covid-19 para as pessoas que testaram positivo, o que antecipa o tratamento dos pacientes que necessitam, evitando o agravamento dos casos e até mesmo, o óbito.
No Centro de Triagem, é avaliado qual exame é o mais indicado para o paciente. O teste rápido é realizado quando já se tem 10 dias de sintomas que é o período ideal para o melhor resultado e o swab é realizado com 04 dias de sintomas e encaminhado para o Laboratório Regional de Campos dos Goytacazes que está liberando o resultado em torno de quatro dias.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Varre-Sai, os testes devem ser realizados de acordo com o tempo de manifestação dos sintomas.
“O teste realizado no momento inadequado pode ter resultados falsos. Por isso, a estratégia da Secretaria Municipal de Saúde em testar pessoas dentro dos protocolos do Ministério da Saúde”, afirmou o secretário de Saúde de Varre-Sai, Rafael Fabbri Ramos.
A partir da liberação dos laudos, o paciente positivo recebe um kit de medicamentos para tratamento de pacientes com Covid-19, no Centro de Triagem. O kit contém os seguintes medicamentos: azitromicina, dipirona ou paracetamol e Vitamina (Lavitan). Os medicamentos são entregues somente aos casos confirmados e a Secretaria alerta que só deve tomar medicação com prescrição médica.
“ A estratégia é evitar o agravamento dos casos, minimizando os sintomas da doença, evitando as internações que podem ser um grande problema devido à escassez de leitos, tanto no SUS como também nos convênios particulares que Varre-Sai possui com o Hospital São José do Avaí e São Vicente de Paulo que nos atendem sempre de prontidão”, concluiu o secretário.
Da redação/Decom/Silaine Terra
O medicamento:
Ainda que a Organização Mundial da Saúde não tenha um medicamento de eficácia comprovada contra a covid-19, no Brasil, a cartilha do Ministério da Saúde orienta o uso da azitromicina nos primeiros 5 dias de tratamento da doença. O antibiótico, que é considerado um dos mais importantes do século 20, tem sido combinado ao uso da hidroxicloroquina para tratar pacientes infectados com o novo coronavírus, mas não é unanimidade entre os especialistas.
Por se tratar de um antibiótico da classe dos macrolídeos, isto é, utilizado em bactérias atípicas. A eficácia dessa medicação não é contra o vírus causador da covid-19, mas no controle da síndrome respiratória aguda, principal sintoma da doença. Embora ainda não existam confirmações da eficácia da medicação no tratamento contra o novo coronavírus, há quem defenda que os pacientes que fizeram uso da azitromicina tem apresentado uma evolução favorável no quadro da doença.