Causou grande comoção e revolta junto à comunidade cristã de Bom Jesus do Itabapoana, as imagens que passaram a circular através de redes sociais, nas quais estudantes do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana (IFF), a aparecem na madrugada do último dia 21/12, vandalizando e escarnecendo de figuras sagradas do presépio, montado na Praça Governador Portella, no Centro da cidade.
Nas cenas, uma jovem em tom de deboche ainda questiona: “Meus Deus, será que seremos presos por invadir o presépio”? Enquanto outro rapaz, faz o sinal da cruz, beijando na boca a imagem de um dos Reis Magos. Neste domingo (22), católicos se reuniram em frente ao local e rezaram o terço em desagravo aos atos de desrespeito à religião.
O caso é considerado crime – Artigo 208 do Código Penal Brasileiro, “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso; desrespeitar publicamente dogma ou crença religiosa”, tem pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Por conta da repercussão, a 144ª Delegacia através do delegado Márcio Caldas, instaurou inquérito policial para através das imagens, identificar cada envolvido e esclarecer a participação de cada um deles no ato, gerou repúdio, inclusive, da instituição educacional da qual os jovens fazem parte. Em manifestação por nota, o diretor geral do UFF-Bom Jesus, Carlos Freitas, se disse envergonhado. Leia:
“O Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana, por meio do Diretor-geral Carlos Freitas, repudia veementemente o ato inconsequente dos recém-formados, ocorrido na madrugada deste último sábado, dia 21 de dezembro de 2019, na praça Governador Portela, em Bom Jesus do Itabapoana. Esta atitude não representa o que lhes é ensinado em nosso ambiente escolar. Pelo contrário, entendemos que servidores e terceirizados da instituição têm suas atitudes pautadas no respeito ao próximo. Eu, diretor-geral da instituição, ressalto que conheço pessoalmente cada um destes estudantes e seus respectivos familiares. Por diversas vezes estivemos juntos em meu gabinete para discutirmos ações que trouxessem melhorias a nossa escola. Considero todos os envolvidos como grandes amigos, pois foi assim que construímos nosso relacionamento durante o tempo que ali permaneceram. Contudo, tal atitude não é justificável. Sinto-me muito envergonhado pelo que fizeram.”
Da redação da Rádio Natividade