Impulsionada pela abertura das exportações para a China, o preço da carne bovina disparou no mês de novembro no mercado interno, alta que foi repassada dos frigoríficos para o varejo. O valor médio do boi gordo subiu 35,5%, segundo dados do Cepea-USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo) e atingiu também em cheio a Região Noroeste Fluminense.
A pedido da Rádio Natividade, a maior rede de supermercados da região, fez um levantamento que traça o raio X do consumo da proteína naqueles municípios nos quais atua. De acordo com os Supermercados Fluminense, quem mantém 14 lojas, em cidades como Itaperuna, Natividade, Bom Jesus do Itabapoana, Miracema, Santo Antônio de Pádua, Itaocara e São Fidélis (norte), a queda na venda já é da ordem de 40% em sua base e diante do acréscimo, os clientes estão migrando para opções mais em conta, como frango e porco.
Ainda segundo o grupo, estão sendo buscadas parcerias com fornecedores para pelo menos, se tentar minimizar o impacto no preço final aos consumidores. Mas diante da dificuldade em se encontrar o produto no mercado atacadista, há exemplo de cortes, que chegaram a subir 58% nas últimas duas semanas. As carnes devem continuar com preços altos por mais alguns meses, até a oferta de animais para o abate, voltar a crescer — o que deve acontecer entre janeiro e fevereiro, dizem especialistas. Da redação da Rádio Natividade