Apesar de ser considerado um dos mais antigos aplicados do Brasil, o velho golpe do bilhete premiado, segue fazendo vítimas. A mais recente, foi uma moradora de Natividade, de 62 anos, abordada na manhã desta sexta-feira (18), na Avenida Cardoso Moreira, Centro de Itaperuna, por uma das estelionatária – que se juntou a uma segunda pouco depois – que alegou possuir em seu poder um “Bilhete Sorteado” e pediu ajuda para sacar a quantia e que em retribuição, lhe daria uma porcentagem da bolada.
No entanto, para deixar o “bilhete” com a vítima, exigiu uma garantia, o que de fato aconteceu. Achando que faria um excelente negócio, a desavisada foi até a agência do Itaú que fica próximo, sacou R$ 12 mil de sua conta e entregou nas mãos das criminosas, que desapareceram em seguida, sem deixar vestígios. O registro foi lavrado pela 140ª DP.
O GOLPE:
O golpe funciona com pequenas variações, mas quase sempre é assim: dois golpistas, o primeiro se mostra uma pessoa mais simples e o outro, alguém mais articulado e com boa verbalização. Juntos, eles criam uma história comovente. O golpista mais simples aborda a vítima na rua, pede algumas informações e diz que tem um bilhete premiado, mas que tem medo de ser enganado na hora de resgatar o prêmio ou que não tem os documentos necessários para tal.
Alguns dizem que têm ações na justiça que os impedem de receber o prêmio, e há outros que aplicam o golpe pela fé, alegando que sua religião não permite premiação de jogos, por exemplo. Nesse momento, entra em cena o segundo golpista dizendo que havia prestado atenção em toda a conversa. Há casos em que até simula uma ligação para um suposto conhecido na Caixa e confirma que o bilhete realmente está premiado.
Sugere à vítima que fique com o bilhete premiado para resgatar a fortuna, mas que ofereça ao comparsa algum bem ou valor em dinheiro, que sirva de garantia que ela, a vítima, não irá fugir com o bilhete e enganar o verdadeiro dono do prêmio, alguém mais “humilde”. O golpe se concretiza no momento em que a vítima entrega o dinheiro ou o bem aos bandidos. Se for preciso fazer um saque, certamente o banco estará próximo ao local, o que não será uma coincidência.
Somente quando for tentar resgatar o prêmio é que a pessoa se dará conta de ter sido vítima de uma armadilha. Os golpistas acompanham a rotina de suas vítimas. Sabem, inclusive, se estarão com dinheiro no momento da abordagem. Essa escolha raramente é ocasional.
Da redação da Rádio Natividade