No primeiro trimestre de 2020, o volume de produção industrial da região Noroeste Fluminense registrou sua maior queda, levando o indicador ao menor patamar de sua série (26,4pontos), iniciada em 2010 – Indicador abaixo de 50 pontos indica queda e acima de 50 pontos indica aumento. Os números fazem parte de sondagem realizada pela Firjan no perídio de 01 a 14 de abril deste ano. Nesse cenário de isolamento social causado pela pandemia, a baixa demanda por produto, além de reduzir o número de empregados (33,3 pontos), foi atendida pelos estoques (47,7 pontos) que recuaram frente ao período anterior e ficaram abaixo do planejado (44,3 pontos).
Por conta da grande retração do volume de produção, a Utilização da Capacidade Instalada da região (41%) apresentou sua maior queda no primeiro trimestre do ano chegando no menor nível da série histórica, iniciada em 2010. Entre as 10 regionais do estado, Noroeste ficou com a maior capacidade ociosa nesse período.
A fraca atividade industrial no primeiro trimestre de 2020, reflete na insatisfação dos industriais quanto à situação financeira de suas empresas (29,3 pontos), e em sua margem de lucro (27,8 pontos), com ambos registrando recuo e chegando ao menor índice da série. Além disso, os empresários apontaram uma dificuldade ainda maior de acesso ao crédito (25,9 pontos).
Em relação às expectativas para os próximos seis meses na região, todos os indicadores registraram queda e chegaram ao valor mínimo da série. A expectativa da demanda por produtos industriais (34,7 pontos) apresentou queda de 19,7 pontos, reduzindo a da compra de matéria-prima (31,3 pontos) e contratação de empregados (36,1 pontos). Além disso, o quadro de incertezas mundiais, fez com que a expectativa de exportação chegasse a 37,5 pontos. Nesse contexto, os industriais da região aguardam uma perspectiva de melhora do mercado para realizar novos investimentos (23,5 pontos), que reduziu 18,7 pontos na passagem para o primeiro trimestre do ano.