Puxada pela alta do dólar, as contas de luz dos consumidores do Rio vão subir. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (dia 10), os reajustes nas tarifas da Enel Rio, antiga Ampla. Os clientes residenciais da Enel Distribuição Rio, que atende Niterói, Região dos Lagos e o Norte/Noroeste Fluminense, terão uma elevação de 2,48%. Os aumentos entram em vigor no próximo domingo para as duas empresas.
A tarifa de energia elétrica é reajustada considerando uma série de fatores, como o dólar e os custos decorrentes da falta de chuvas As companhias usam a energia gerada na hidrelétrica de Itaipu, que é paga em dólar. Por isso, quando a moeda americana sobe muito, como está ocorrendo nos últimos meses, há o impacto direto nas tarifas.
A falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas registrados no ano passado também contribuíram para a alta nas tarifas em 2020. Sem chuvas, foi preciso acionar mais termelétricas (que são mais caras do que as hidrelétricas) para garantir o suprimento. Parte dessa conta adicional ficou para ser paga este ano.
Tarifa mais cara do Brasil
Além disso, só de subsídios — que cobrem programas do governo no setor elétrico, como o Luz para Todos e descontos nas tarifas para usuários de baixa renda —, os clientes de todo o Brasil pagarão R$ 20 bilhões nas contas de luz em 2020 . Tudo é repassado para as contas de luz.
Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia (custos repassados às usinas), pela transmissão (custos da transmissora responsável pelo transporte da eletricidade) e pela distribuição (serviços prestados pela distribuidora), além de subsídios e impostos.
Os impostos sobre as contas de luz no Rio estão entre os mais altos do país e A Enel Rio tem a tarifa de energia mais cara do Brasil, segundo a Aneel. A companhia atende a 3,6 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais e públicos no estado do Rio. É uma população de 7,8 milhões de pessoas, distribuídas em 66 municípios fluminenses.
Fonte: Extra