O ex-governador Anthony Garotinho e a sua mulher, Rosinha Garotinho, foram presos pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. Ele foi encontrado no apartamento onde mora, em prédio na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, por volta das 8h. Já a ex-governadora foi levada da residência do casal em Campos dos Goytacazes, mas a PF não deu mais detalhes sobre o caso. A ação faz parte da ‘Operação Chequinho’ da PF, que investiga o uso eleitoral do programa ‘Cheque Cidadão’.
Garotinho será levado para a sede da PF, na Zona Portuária, e depois para o Instituto Médico Legal (IML), onde fará exame de corpo de delito. Já Rosinha deve ser levada para a Polícia Federal de Campos. Na mesma ação, os agentes também prenderam outras pessoas, no bairro da Zona Sul, e um ex-assessor de Garotinho, em Campos, no Norte Fluminense. No entanto, até o momento, a PF não revelou a identidade dos outros presos.
A última prisão de ex-governador ocorreu no dia 13 de setembro enquanto ele apresentava seu programa diário na Rádio Tupi. Na ocasião, a prisão temporária de Garotinho havia sido determinada pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, que o condenou a 9 anos e 11 meses de prisão por corrupção eleitoral, associação criminosa, coação de duas testemunhas e supressão de documentos.
A medida foi posteriormente convertida em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, ele conseguiu um habeas corpus no dia 26 do mesmo mês. O relator do caso, ministro Tarcísio Vieira, entendeu ser ilegal o mandado de prisão, uma vez que a instrução do processo já foi encerrada e que o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o cumprimento da pena só pode se dar após condenação em segunda instância.
No dia 11 de novembro do ano passado, Garotinho também já havia sido preso suspeito de envolvimento em um esquema de compra de votos. Segundo a polícia, uma associação criminosa foi montada para fraudar as últimas eleições no município de Campos, em que foi eleita a ex-governadora Rosinha Matheus.
Fonte: O Dia