O Noroeste Fluminense registrou, em 2016, 17 ocorrências envolvendo roubo de cargas – média de uma a cada 21,3 dias. A região respondeu por 0,2% dos casos registrados no estado, com prejuízos de quase R$ 1,1 milhão (R$ 2,9 mil por dia). Entre 2011 e 2016, a região registrou 73 casos (0,2% do total do estado), com custo próximo a R$ 4,6 milhões. Neste período, os municípios de Itaperuna e São José de Ubá registraram 22 ocorrências (30,3% do total da região) e, juntamente com os municípios de Santo Antônio de Pádua e Aperibé, o maior crescimento (300%). Em situação inversa se encontram Natividade/Varre-Sai (cobertos pela 140ª Delegacia) e Laje do Muriaé, sob a jurisdição da 138ª DP, que em igual período não registraram nenhuma ocorrência do gênero.
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Firjan sugere a criação de cinturão de segurança:
O estado do Rio registrou 811.854 mil crimes em 2016, média de uma ocorrência a cada 39 segundos. O dado é do estudo “Avanço da criminalidade no estado do Rio de Janeiro – Retrato e propostas para a segurança pública”, divulgado pelo Sistema FIRJAN. O estudo propõe como um das medidas a criação do Cinturão do Rio de Janeiro, que passa por Campos, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana.
De acordo com a Federação, a crise econômica do governo do estado e dos municípios contribui diretamente para o agravamento da situação da violência, por conta da redução da presença das forças de segurança pública nas ruas e também das ações de investigação.
O estudo destaca que o estado do Rio se tornou o mais perigoso para o transporte de cargas no país, com 9.862 registros de roubo no ano passado. É a maior incidência deste tipo de crime em 25 anos. O número equivale a 43,7% das ocorrências nacionais e o custo foi de R$ 619 milhões. O Sistema FIRJAN aponta que o crime traz prejuízos para os transportadores, donos de cargas e clientes, além de provocar o desabastecimento formal de produtos e alimentar o comércio ilegal.
Ressalta ainda que o aumento deste tipo de crime está ligado à estratégia de financiamento das facções criminosas, que utilizam o produto roubado para a compra de drogas e armas, financiando o tráfico internacional. Para a Federação, o processo é facilitado pela fragilidade das fronteiras estaduais e nacionais. No caso estadual, por exemplo, a Federação chama a atenção para o déficit no quadro da Polícia Rodoviária Federal. Em todo o país, faltam 2.716 policiais, ou 21% do que seria necessário, de acordo com a legislação. Já o estado do Rio registra um déficit de 28,3% em relação ao início da década de 2000.
Para combater o avanço da criminalidade, o Sistema FIRJAN defende ações permanentes e não pontuais. A principal delas é a criação de um Cinturão de Segurança Rodoviária Integrada, formado por postos de fiscalização conjunta de órgãos federais e estaduais, localizados em pontos estratégicos das rodovias e portos. Nestes postos poderão funcionar o Polícia Rodoviária Federal, o DNIT e as secretarias estaduais de Segurança Pública, Fazenda e Saúde.
O estudo propõe que o Cinturão do Rio de Janeiro possua 13 postos instalados em Campos, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Bom Jesus do Itabapoana, Paraty, Itaguaí, Seropédica, Duque de Caxias, Magé, Itaboraí, Três Rios e Sapucaia.
O Outro seria instalado na rodovia Presidente Dutra, em Queluz (SP), próximo à divisa dos estados, por onde circulam 30 mil veículos por dia. Este posto, que serviria de projeto-piloto, teria uma ação integrada dos dois estados, pois liga as duas principais regiões metropolitanas do país. A localização estratégica provocaria uma ruptura no esquema de tráfico de drogas e armas e no contrabando na rota RJ-SP.
Da redação da Rádio Natividade com Ascom/Firjan