Presa a mãe da deficiente estuprada pelo padrasto em Itaocara

Foi presa na tarde desta terça-feira (30) Clementina Rosa de Oliveira, 45 anos, mãe da deficiente estuprada pelo padrasto, que também foi preso na última segunda. Assim como Alcinei Faria da Silva, 47 anos, Clemetina também foi detida por policiais civis da 135ª Delegacia Legal de Itaocara numa operação para o cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela Comarca de Itaocara.

Segundo a Polícia Civil, Clementina também foi indiciada por estupro de vulnerável e ultraje público ao pudor. Ela teria omitido o crime cometido contra a própria filha, que é deficiente mental e por isso não fala, não enxerga e tem a capacidade motora comprometida, ficando acamada.

Devido aos abusos cometidos pelo padrasto, a enteada acabou engravidando e dando à luz a uma menina, que já está na fila de adoção. Exame de corpo de delito confirmou que os abusos sexuais ocorreram há um bom tempo. O resultado do DNA também confirma a paternidade de Alcinei sobre a criança, que tem hoje dois meses de vida.

Apesar dos resultados positivos dos exames, Clementina continuou negando. Já Alcinei, companheiro de Clementina, chegou a confessar o estupro durante depoimento e relatou que a companheira não só sabia, como também teria o incentivado. Foi Clementina quem fez o próprio parto da neta, com auxílio de uma faca de cozinha para cortar o cordão umbilical. A deficiente teria entrado em trabalho de parto durante uma madrugada.

Como a jovem deficiente era mantida dentro da casa alugada pelo casal na Rua Adalberto Ferreira Dias, entre o Centro e o bairro Caxias, os vizinhos só desconfiaram e acionaram o Conselho Tutelar após o aparecimento de um recém-nascido na casa. O órgão encaminhou o bebê e a jovem para o Hospital Municipal de Itaocara.

O Delegado titular da 135ª DP, Ronaldo Cavalcante, havia solicitado à Justiça o mandado de prisão preventiva da mãe, cumprido no Morro do Eucalipto. Nesta manhã, a mãe foi interrogada novamente antes de ter sido encaminhada para o presídio feminino de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Se condenada pela Justiça, Clementina poderá pegar de oito a quinze anos de reclusão.

Da redação com informações da Folha Itaocarense