Estelionatários se passam por vendedores e aplicam golpe em Natividade

Se passando por vendedores, dois estelionatários aplicaram um golpe e fizeram com que um casal de idoso assinasse documento assumindo dívida indevida. O caso aconteceu na semana passada, na Avenida Mauro Alves Ribeiro Júnior, no bairro Balneário, Natividade e acabou registrado recentemente pela Polícia Civil, que instaurou inquérito para investigar.

De acordo com a aposentada E.S., de 59 e seu esposo, M.M.S., de 76, encontravam-se em casa, quando os desconhecidos, que se apresentaram como sendo da área de saúde, lhes ofereceram uma espécie de massageador portátil, equipamento que supostamente possuiria funções curativas e acabaria com dores, dentre outros incômodos, sendo pago R$ 125 pelo equipamento da marca “Corpus Medical Life”.

No entanto, foram induzidos a assinar um contrato, que previa outras 12 parcelas de igual valor, totalizando R$ 1.500. Só dias depois, perceberam que as prestações seriam cobradas através de boletos bancários. Não há até o momento, qualquer comprovação de que a empresa fabricante teria participação direta no golpe, relatado por inúmeros consumidores em diversas partes do país.

Da redação da Rádio Natividade

Autorizada a reprodução, somente mediante crédito de texto e fotos

GOLPES SÃO APLICADOS EM OUTRAS CIDADES:

O coordenador do Procon de Cataguases, advogado Rafael Vilela Andrade, fez um alerta à população sobre prejuízos que diversos consumidores locais estão sofrendo ao comprar colchões massageadores das empresas “V.S.Vida e Saúde”, “Megatron” e “Corpus Medical Life“, cujas vendas são realizadas por ambulantes porta a porta. Ele disse que estes vendedores estão “agindo de má fé com os consumidores”.

Segundo destacou Rafael, atualmente cerca de 30% das reclamações recebidas diariamente pelo Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor de Cataguases são referentes a compras feitas por meio desses fornecedores e, ainda conforme observou o advogado, a maior parte dos consumidores prejudicados são aposentados, deficientes e até analfabetos, pessoas mais vulneráveis a práticas como esta que o coordenador do Procon de Cataguases chama de “golpe do colchão”.

Rafael ressaltou que os vendedores ambulantes estão abordando os consumidores em suas próprias casas, persuadindo-os a assinar contratos de compras dos colchões massageadores por R$ 2.500,00, valor extremamente superior ao preço de mercado desses produtos que, segundo revelou, “custam de R$ 200 a R$ 400 no máximo”. Veja a foto abaixo de colchão similar ao que vem sendo vendido na cidade. 

“Estão utilizando de má fé e o Procon de Cataguases só conseguiu contatar com uma das empresas, mesmo assim a prática continua recorrente. Se não encontrarmos essas empresas até o final do mês, vamos começar a notificar o banco que abriu a conta para elas”, destacou Rafael, explicando que esses colchões que estão sendo vendidos a preço abusivo são na verdade “esteiras massageadoras com controle remoto”, que prometem aliviar dores nos pés, costas e outras partes do corpo.

De acordo com o coordenador do Procon em Cataguases, se o consumidor quiser adquirir um colchão massageador, o melhor a fazer é pesquisar em lojas especializadas e conhecidas que emitem nota fiscal e vendem o produto a preço justo. “É importante sempre fazer a pesquisa de preços”, frisou Rafael, chamando os cataguasenses para procurar o Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor sempre que se sentirem lesados por um mau fornecedor.

*Com informações de Marcelo Lopes