Através de nota emitida no início da tarde desta quarta-feira (16), o criminalista Fernando Augusto Fernandes, responsável pela defesa do ex-governador Anthony Garotinho, preso durante a manhã pela Polícia Federal, afirma que o decreto de prisão ocorrido em razão de decisão da 100ª Vara Eleitoral de Campos se trata da sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele disse ainda que irá recorrer.
“A prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho.” Diz a nota.
A prisão:
Ex-governador do Rio e atual secretário de Governo de Campos do Goytacazes, no Norte Fluminense, Anthony Garotinho foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. Garotinho estava envolvido em um esquema de compra de votos, de acordo com o delegado responsável pela investigação, Paulo Cassiano Junior.
Uma associação criminosa foi montada para fraudar as últimas eleições no município de Campos dos Goytacazes, segundo a polícia. A prisão ocorreu por volta das 10h, no apartamento do político, na Rua Senador Vergueiro, número 154, no Flamengo, Zona Sul do Rio. Ele foi alertado que policiais estavam na portaria do edifício para cumprimento do mandado de prisão, desceu e se entregou. Na garagem, uma viatura da PF já o aguardava. A PF informou que cumpriu mandado de busca e apreensão no imóvel.
Anthony Garotinho foi levado para a superintendência da Polícia Federal no Rio, na Praça Mauá. A deputada federal Clarissa Garotinho está no local acompanhando o pai. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, na Operação Chequinho da Polícia Federal, que investiga o uso eleitoral do programa “Cheque Cidadão”.
Em outubro, a PF prendeu três vereadores de Campos por suposto envolvimento no esquema – Kellenson Ayres Figueiredo de Souza (PR), Miguel Ribeiro Machado (PSL) e Ozeias Martins (PSDB). Outro alvo da Operação Chequinho é a secretária de Desenvolvimento Humano e Social da prefeitura de Campos Ana Alice Ribeiro Lopes de Alvarenga.
Da redação da Rádio Natividade com informações de O Dia