Em Assembleia Geral da Classe (foto), organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos na última segunda-feira (25), os professores municipais de Natividade, decidiram paralisar as atividades por três dias, em resposta ao anúncio do prefeito Francisco José Martins Bohrer, o Chico da Saúde, que já adiantou não ter condições de conceder reajuste salarial este ano.
Bohrer, de acordo com fontes, teria alegado, durante recente reunião com a comissão de negociação na semana passada, que diante do atual momento, não ser possível arcar com o impacto que seria criado na folha de pagamentos do executivo.
Diante disso, além de educadores, monitores e motoristas, ligados à Secretaria de Educação, deverão cruzar os braços, nos próximos dias 28,29 e 30 de abril, respectivamente, quinta e sexta-feira, além do sábado letivo.
De acordo com a diretoria do sindicato, a entidade em obediência ao que deter mina a lei, já comunicou o fato ao governo e passará a informar à sociedade, sobre o não funcionamento das unidades.
A categoria reivindica 11,36% de reposição, corresponde ao reajuste do valor por aluno, repassado aos municípios, através do FUNDEB. Em 2015, os profissionais de educação, chegaram a parar as atividades pelas mesmas razões, mas no final, durante o mandato do então prefeito interino Robson Rodrigues Barreto, o Robson do Açougue, conseguiu fechar acordo na casa de 22,87%, relativos às perdas acumuladas desde 2011.
Nesta terça-feira (26), os demais servidores também foram ouvidos em assembleia e decidiram, antes da paralisação, marcar outra reunião com o executivo, o que pode ocorreu ainda nos próximos dias. Estes, ainda de acordo com o sindicato, amargam uma situação de perdas salariais bem pior que a dos professores, pois não tiveram reajuste em 2015, correspondente às perdas salariais de 2014, gerando um acumulado de 18,43%.
“Entre decidir por uma paralisação das atividades ou fazer mais uma tentativa de negociação, os servidores presentes, aprovaram a proposta de se tentar mais uma rodada de negociação com o prefeito. Foi marcado para sexta ou segunda-feira, de acordo com a disponibilidade de agenda do prefeito, nova Assembleia Geral, em que o prefeito será convidado para expor direto para a categoria os motivos pelo qual não há a possibilidade da concessão do reajuste ou mesmo da implantação do novo plano de carreiras. A ameaça de paralisação dos demais serviços é iminente. A categoria está se organizando cada vez mais e não aceita que não haja reajustes salariais” – destacou em nota o sindicato. A Prefeitura de Natividade ainda não se manifestou sobre a decisão.
Da redação da Rádio Natividade – Foto: Arquivo/Rádio Natividade