Cerca de 70 funcionários da companhia Veloz, responsável pela limpeza urbana de Natividade, voltaram a cruzar os braços na manhã desta quarta-feira (14). Em entrevista ao jornalista Vanderson Garcia da Rádio Natividade, eles alegam que até o momento, não receberam seus salários referentes ao mês de setembro. Em nome dos colegas, a servente Yane Alves, de 39 anos, declarou que a situação está se tornando insustentável.
– Nos reunimos e chegamos à decisão de que vamos permanecer parados até que a situação de atraso, que se arrasta há meses, seja resolvida. Ninguém nos dá satisfação. Vamos até a prefeitura e nos tratam como lixo, dizendo que não tem nenhuma responsabilidade e que o problema é da empresa, que por sua vez, diz que não está recebendo da prefeitura. Já estamos passando por dificuldades, pois tem mercado que já não vende fiado para nós. Tem colega com a luz cortada. Temos família e precisamos receber para colocar comida em casa, – destacou a funcionária.
Com isso, os serviços de coleta de lixo, varrição, dentre outros, que chegou a começar a ser executado no início da manhã, foram interrompidos e os servidores, seguem reunidos na Praça Alfredo Backer, no centro. A emissora entrou em contato com a empresa e por telefone, o encarregado local, disse que não teria informações a fornecer e que não comentaria o caso. Esta é a segunda paralisação em apenas pouco mais de três meses da administração do prefeito Francisco Bohrer, o Chico da Saúde, que ainda não se manifestou.
Atualização 16h: De acordo com o que foi apurado pela reportagem da Rádio Natividade, representantes da empresa, já teria se reunido com funcionários e solicitado um voto de confiança, alegando ainda, que os salários seriam depositados nesta quinta-feira (15). Por esta razão, os serviços foram parcialmente retomados.
– Pediram um voto de confiança e disseram que pagam a amanhã. Por isso, alguns colegas voltaram ao trabalha, principalmente os da coleta de lixo. Mas se amanhã (15), a situação não for resolvida, paramos outra vez, – destacou um dos funcionários, que pediu para não ter o nome citado.
Da redação da Rádio Natividade
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